graça e paz

Retiro de Casais 2009 - Família Plenitude da Graça de Deus


Partilha
De 14 a 16 de agosto, realizou-se o sétimo retiro para casais do Discipulado de Jesus Cristo na casa de retiro das Irmãs Josefinas em Messejana, onde foram derramadas Bênçãos e Graças sobre os que participaram, segundo eles partilharam ao final da tarde de domingo.

Muitos partilharam as dificuldades encontradas para estarem ali e como foi gratificante enfrentarem essas dificuldades, pois a Graça de DEUS foi muito maior que qualquer dificuldade. No momento da adoração ao Santíssimo o relato foi de muita cura e libertação. Tudo isso nos encoraja a continuarmos nossa missão de pescar e formar casais para viverem a santidade no matrimonio.

Agradecemos ao bom DEUS por ter nos confiado esta missão e nos ter dado o casal Neto e Zuleide como vice conselheiros do DJC de casais que muito tem nos ajudado nesta missão.

Conselheiros Gerais de Casais do Discipulado de Jesus Cristo, Derim e Evanda.

Família - Igreja Doméstica




A Escola Paroquial, na sexta feira passada, a propósito de São Paulo na sua Carta aos Efésios, abordou o tema da família, dizendo que a família é fundamental para o crescimento das pessoas.

Na longa história da humanidade, a família, para o bem e para o mal, tem sido a pedra fundamental sobre a qual se tem construído a prática das relações que é característica identificativa e tipificante da condição humana.

Três dimensões são importantes na família: espaço, tempo, relação. O ser humano é alguém que se constrói através da ‘palavra’. Por isso precisamos de aprender as linguagens (dos afectos, simbólica, da matemática, da Fé…) com que se dizem as realidades, o mundo, a nossa existência. Aquilo que não somos capazes de traduzir pela palavra não fazemos verdadeiramente nosso. Para que nos assumamos e assimilemos uma realidade nós temos que a dizer.

Esta aprendizagem das linguagens tem de ser feita desde pequenos. Por exemplo, se não se ensina desde pequeninos as linguagens com que se diz Deus como é que mais tarde O hão-de reconhecer! Como perceber a presença de Deus se não sabem a linguagem com que hão-de compreender os sinais da presença e da comunicação de Deus. Ora é na família que se recebem os meios para essa compreensão.

Nós temos na Sagrada Escritura um belo exemplo da importância da ‘Palavra’. Logo na 1ª frase: “No princípio Deus criou os céus e a terra, a terra era informe e vazia. Deus disse: faça-se…” e as coisas começaram a existir, isto é, começaram a fazer sentido. Para que terra ganhe forma e ordem, Deus fala e dá-lhe forma e sentido.

A palavra é criadora e transformadora. É o papel da família na educação dos filhos. É na família que nós aprendemos a memória, que entramos numa tradição viva. Conhecer implica sempre o apelo da memória. E quem não tem memória é um desenraizado. Sem memória não há futuro. A família é a garantia da transmissão da memória. Para nos humanizarmos precisamos de certo tipo de transmissões que nos permita ir adquirindo uma fisionomia tipicamente humana. A qualidade do humano está directamente relacionada com a qualidade do acolhimento e reconhecimento. A família, a sociedade e a religião são estruturas indispensáveis. O ser humano é sempre um herdeiro, alguém que assimila a herança. A memória permite situar-nos numa história concreta que nos é narrada, transmitida. Daí a importância da casa, como espaço humano familiar. É no seio da família que nós aprendemos as diversas linguagens.

São Paulo, a partir do encontro com Jesus Ressuscitado na estrada de Damasco, pela sua palavra e pelo seu viver, percebe que o anúncio do Evangelho só pode ser verdadeiramente consistente, tendo como base uma existência partilhada em comunidade, no espaço doméstico e no espaço público. Depois tinha de haver laços fortes e regulares para que toda a assembleia se mantivesse unida.

As assembleias de toda a Igreja teriam um carácter mais público, enquanto as de casa um carácter mais privado. A Igreja e o crente adquirem uma dimensão pública (1ªCor. 3, 16-17 e 1ªCor. 6, 19) – Somos santuários de Deus. São Paulo pela sua experiência cristã ensina-nos que a experiência ou vivência cristã exige a comunidade.

Hoje as nossas famílias como “Igrejas Domésticas” têm de realizar este itinerário de que nos fala S. Paulo na sua Carta aos Efésios 1,1 a 6,2º. Lede-a.

Termino orando: “Senhor faz com que as nossas famílias se pareçam cada vez mais com a Igreja; tenha Fé em Ti e acolha a tua Palavra.”

Pe. Batalha

De Pai para filho, de geração em geração



Com o Dia dos Pais, inicia-se a Semana da Família no Brasil. A Igreja entende que o casamento é uma vocação e a família, uma grande bênção para as pessoas e toda a humanidade. Aliás, vale lembrar que foi a primeira bênção pronunciada sobre este mundo, logo após a criação do homem e da mulher; e não por um ser humano, mas pelo próprio Criador: “e Deus os abençoou” (Gn 1,28). Bênção maravilhosa!

Na família, geralmente, a atenção maior recai sobre a mãe e os filhos; o pai fica meio esquecido. Por isso, ao apresentar os parabéns aos pais, pela passagem do seu dia, desejo dedicar-lhes estas reflexões. Não como antropólogo, estudioso dos problemas sociais ou psicólogo familiar, mas como bispo e pastor, partindo dos ensinamentos de nossa fé cristã. Gosto muito da passagem da Carta aos Efésios, onde o autor manifesta seu vivo desejo de que os fiéis de Éfeso tenham uma profunda experiência do amor de Deus, revelado ao mundo por meio de Jesus Cristo: “por essa razão, dobro os meus joelhos diante do Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, do qual recebe o nome toda paternidade no céu e na terra” (Ef 3,21). Deus é pai amoroso e nele tem sua origem toda paternidade na terra!

Por isso, toda verdadeira paternidade tem algo a ver com a paternidade de Deus, que é criadora e geradora da vida, ação amorosa e providente para nutrir a vida e cuidar com ternura e vigor da criatura frágil; é ação educadora e estimuladora, para que a vida se encaminhe bem e alcance a plenitude e seu verdadeiro objetivo. Assim faz o Pai do céu; assim também seria o bom desempenho de toda paternidade na terra. Infelizmente, muitas vezes, a paternidade do homem está muito longe de retratar a paternidade divina. A Igreja convida os pais a crescerem na sua missão e os quer ajudar.

A Conferência de Aparecida reservou alguns parágrafos interessantes ao papel do homem e do pai de família na ação missionária da Igreja; nunca tinha acontecido antes que um documento da Igreja se dirigisse assim tão diretamente aos varões. Naturalmente, a palavra é dirigida ao homem cristão e católico. Como discípulo e missionário de Jesus Cristo, ele é chamado por Deus a ocupar seu papel próprio e indispensável em todos os âmbitos onde exerce suas responsabilidades sociais e profissionais (cf Doc. Aparecida, nn. 459-463). De modo especial, na família e na educação dos filhos, ele não deve deixar tudo à mulher ou à esposa; seu papel de varão e de pai é fundamental para a educação e o equilibrado amadurecimento da personalidade dos filhos. A presença fraca do pai, sua ausência ou, pior ainda, sua imagem negativa, deixa marcas na personalidade dos filhos e pode comprometer a formação deles para a vida.

Lançando um olhar sobre toda a América Latina, os bispos reunidos em Aparecida, em maio de 2007, lamentavam que, tradicionalmente, muitos homens se mantêm distantes da Igreja e do compromisso que nela são chamados a assumir; desse modo, vão se afastando de Jesus Cristo e da vida plena que tanto desejam e procuram; e os bispos apontavam para algumas conseqüências dessa falta de comprometimento do varão na tarefa educadora da família e nos rumos da convivência social: a proliferação dos vícios, como a droga e o álcool, a violência e a afirmação de certa maneira materialista de viver, onde contam sobretudo os bens materiais e o gozo imediato da vida. Sem falar da sobrecarga das mulheres nas responsabilidades familiares e educativas. A própria ação pastoral da Igreja precisa ser repensada, buscando maior envolvimento do homem na vida e na missão da comunidade eclesial.

O pai também tem uma missão importante na educação religiosa dos filhos. Sua palavra oportuna e, sobretudo, seu exemplo, cai fundo no coração dos filhos. Ele também é catequista para seus filhos. Lembro um texto bonito da Bíblia, no Deuteronômio: depois da libertação da escravidão no Egito, graças à intervenção de Deus, Moisés recomenda ao povo de Israel que nunca esqueça as maravilhas realizadas pelo Senhor e seus mandamentos: “trarás gravadas em teu coração todas estas palavras que hoje te ordeno; tu as repetirás com insistência aos teus filhos e delas falarás quando estiveres sentado em tua casa, ou andando pelos caminhos; quando deitares ou quando levantares” (Dt 6,6-7). Assim faziam os filhos de Abraão, de geração em geração. Era, sobretudo, missão do pai. Assim também fizeram os discípulos missionários de Jesus Cristo ao longo da história, antes de nós. E, ainda hoje, o pai cristão é convidado a fazer o mesmo: contar aos filhos as maravilhas de Deus, falar da experiência da própria fé, das coisas bonitas do Evangelho de Cristo e das riquezas da vida da Igreja. De geração em geração. É semear a boa semente em campo fértil e esperar o fruto chegar. Com a bênção de Deus!

Cardela Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

Disciplina Comum do Discipulado de Casais - 2009

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Objetivo Geral do DJC
Reavivar e desenvolver integralmente a vida cristã-batismal na perspectiva do seguimento de Jesus Cristo.

Objetivo específico do Discipulado de Casais
Reavivar as famílias no Espírito Santo.

Estratégias
De acordo com o Método de Evangelização e Acompanhamento de Discípulos (MEAD-DJC):
Retiro de casais
Encontro para as famílias
Lazer
Reavivamento no Espírito Santo para casais/famílias
Utilização das publicações do DJC : Irmanador Discipulado, Temários de MOPDs e Agenda da Caminhada Discipular.
Formar novas Fraternidades Cristãs de Casais

Ministerialidade
Segundo a Estrura Básica do nosso DJC temos a seguinte ministerialidade:
Acompanhante Geral: Pe. Marcos Oliveira
Conselheiros Gerais dos Casais: Derim e Evanda
Vice-articuladores do Discipulado de Casais de Fortaleza: Neto e Zuleide
Outros servidores:

Casais em segunda união

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A orientação está na Exortação Apostólica 'Familiaris Consortio'


São muitos os casais hoje em segunda união; pessoas que foram casadas uma primeira vez na Igreja, se separaram e se uniram a outra pessoa apenas no civil, já que não podem se casar na Igreja.


A orientação mais clara que a Igreja nos oferece sobre a situação dos casais de segunda união está na Exortação Apostólica “Familiaris Consortio” (Sobre a Família) do Papa João Paulo II, escrita após o Sínodo da Família realizado em 1980; e também no Catecismo da Igreja Católica (CIC §1652).


Antes de tudo a Igreja deseja e espera que uma vez separados os casais possam um dia se reconciliar. Ela lembra que a separação física não extingue o vínculo matrimonial e, por isso, os separados não podem se unir em nova união, a menos que o primeiro casamento tenha sido declarado nulo pelo competente Tribunal Eclesiástico do Matrimônio. Após um Processo canônico o referido Tribunal pode chegar à conclusão de que determinado matrimônio foi inválido, de acordo com as normas do Código de Direito Canônico (cânones 1055 a 1124). Há cerca de 20 casos que podem levar o Tribunal a declarar a nulidade de um matrimônio; são falhas no consentimento matrimonial, impedimentos dirimentes ou falta de forma canônica.


A Igreja lembra que a pessoa que se separou – se não teve culpa na separação – pode continuar a receber os sacramentos da Confissão e da Eucaristia –, se se mantiver numa vida de castidade. Sobre os divorciados que contraíram nova união, o Papa João Paulo II disse, baseando-se nas conclusões do Sínodo da Família:


“A Igreja, contudo, reafirma a sua práxis, fundada na Sagrada Escritura, de não admitir à comunhão eucarística os divorciados que contraíram nova união. Não podem ser admitidos, do momento em que o seu estado e condições de vida contradizem objetivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e atuada na Eucaristia. Há, além disso, um outro peculiar motivo pastoral: se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos em erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimônio” (FC, 84).


Os casais de segunda união poderão receber os Sacramentos no caso de viverem como irmãos, sem vida sexual, como explica o saudoso Pontífice:


“A reconciliação pelo sacramento da penitência – que abriria o caminho ao sacramento eucarístico – pode ser concedida só àqueles que, arrependidos de ter violado o sinal da Aliança e da fidelidade a Cristo, estão sinceramente dispostos a uma forma de vida não mais em contradição com a indissolubilidade do matrimônio. Isso tem como conseqüência, concretamente, que quando o homem e a mulher, por motivos sérios – quais, por exemplo, a educação dos filhos – não se podem separar, «assumem a obrigação de viver em plena continência, isto é, de abster-se dos atos próprios dos cônjuges» (idem).


João Paulo II afirma também que não se pode fazer qualquer tipo de celebração em uma segunda união:


“Igualmente o respeito devido quer ao sacramento do matrimônio quer aos próprios cônjuges e aos seus familiares, quer ainda à comunidade dos fiéis proíbe os pastores, por qualquer motivo ou pretexto mesmo pastoral, de fazer em favor dos divorciados que contraem uma nova união, cerimônias de qualquer gênero. Estas dariam a impressão de celebração de novas núpcias sacramentais válidas, e conseqüentemente induziriam em erro sobre a indissolubilidade do matrimonio contraído validamente” (idem).


Ato tratar desse assunto o Catecismo da Igreja Católica ensina o seguinte:


§1651 – “São numerosos hoje, em muitos países, os católicos que recorrem ao divórcio segundo as leis civis e que contraem civicamente uma nova união. A Igreja, por fidelidade à Palavra de Jesus Cristo (“Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e desposar outro comete adultério”: Mc 10,11-12), afirma que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro casamento foi válido. Se os divorciados tornam a casar-se no civil, ficam numa situação que contraria objetivamente a lei de Deus. Portanto, não podem ter acesso à comunhão eucarística enquanto perdurar esta situação. Pela mesma razão não podem exercer certas responsabilidades eclesiais. A reconciliação pelo sacramento da Penitência só pode ser concedida aos que se mostram arrependidos por haver violado o sinal da aliança e da fidelidade a Cristo e se comprometem a viver numa continência completa.”


§1652 – “A respeito dos cristãos que vivem nesta situação e geralmente conservam a fé e desejam educar cristãmente seus filhos, os sacerdotes e toda a comunidade devem dar prova de uma solicitude atenta, a fim de não se considerarem separados da Igreja, pois, como batizados, podem e devem participar da vida da Igreja: Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus, a freqüentar o sacrifício da missa, a perseverar na oração, a dar sua contribuição às obras de caridade e às iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorar, dia a dia, a graça de Deus.”

Felipe Aquino